CEMEI Jardim Dom José I
DIREITOS DAS PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTIST
DIREITOS DAS PESSOAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
DIREITO A SAÚDE
DIREITO A SAÚDE
O Autista tem direito a tratamento médico, o que inclui consultas com médicos especialistas e atendimento multidisciplinar compreendendo sessões de psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e equoterapia.
SAÚDE PUBLICA
É obrigatório o atendimento médico público, por intermédio do SUS, sendo garantido ao portador do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) o direito ao diagnóstico precoce, ao tratamento multiprofissional e à terapia nutricional
SAÚDE PRIVADA
No âmbito privado o Autista tem direito a participar de Plano de Assistência à Saúde, sendo proibida a recusa de sua inclusão com base no seu diagnóstico.
As Operadoras de Saúde devem disponibilizar tratamento multiprofissional nos termos prescritos pelo médico, respeitando tanto as terapias indicadas (psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e equoterapia), como a quantidade de sessões solicitadas. Além disso, deverão disponibilizar profissionais especializados para realizá-las.
O Autista tem direito a tratamento médico, o que inclui consultas com médicos especialistas e atendimento multidisciplinar compreendendo sessões de psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e equoterapia.
SAÚDE PUBLICA
É obrigatório o atendimento médico público, por intermédio do SUS, sendo garantido ao portador do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) o direito ao diagnóstico precoce, ao tratamento multiprofissional e à terapia nutricional
SAÚDE PRIVADA
No âmbito privado o Autista tem direito a participar de Plano de Assistência à Saúde, sendo proibida a recusa de sua inclusão com base no seu diagnóstico.
As Operadoras de Saúde devem disponibilizar tratamento multiprofissional nos termos prescritos pelo médico, respeitando tanto as terapias indicadas (psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e equoterapia), como a quantidade de sessões solicitadas. Além disso, deverão disponibilizar profissionais especializados para realizá-las.
ACESSO À MEDICAÇÃO GRATUITA
ACESSO À MEDICAÇÃO GRATUITA
A pessoa com TEA tem direito à medicação gratuita, disponibilizada pelo SUS, de acordo com a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), formulada pelo Ministério da Saúde.
Além dos medicamentos disponibilizados na Rede Pública, o autista também tem direito ao acesso gratuito à chamada medicação de alto custo.
Para isso deverá demonstrar que o remédio prescrito pelo médico não pode ser substituído por outro considerado similar, que esteja previsto na RENAME.
DIREITO À EDUCAÇÃO
DIREITO À EDUCAÇÃO
É dever do Estado garantir atendimento educacional especializado à pessoa com TEA, prefe- rencialmente na rede regular de ensino.
Para isso deverão ser adotadas políticas inclusivas, com a implantação de currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, de modo a atender à necessidade de cada indivíduo.
Cumpre lembrar que essas exigências se estendem à Rede Particular de Ensino.
É dever do Estado garantir atendimento educacional especializado à pessoa com TEA, prefe- rencialmente na rede regular de ensino.
Para isso deverão ser adotadas políticas inclusivas, com a implantação de currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, de modo a atender à necessidade de cada indivíduo.
Cumpre lembrar que essas exigências se estendem à Rede Particular de Ensino.
CURRÍCULO ADAPTADO
CURRÍCULO ADAPTADO
A legislação brasileira elegeu como regra a inclusão do aluno com TEA na rede regular de ensino.
A escola deverá desenvolver projeto pedagógico para realizar o atendimento educacional especializado, além de implantar as adaptações razoáveis para atender às características dos estudantes com TEA.
É obrigatória, portanto, a avaliação do aluno e o desenvolvimento de um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), estabelecendo as adaptações do currículo e de metodologia para avaliação daquele indivíduo.
PROFISSIONAL DE APOIO
Muitas vezes o nível de comprometimento cognitivo e o nível reduzido de habilidades sociais do aluno com TEA exigem que ele seja auxiliado por um profissional que o apoie, promovendo sua interação pedagógica e social no ambiente escolar.
Não por outra razão a legislação assegura ao aluno com TEA professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado e integração desse aluno em classe regular.
Quanto às instituições privadas, a legislação proíbe a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza relativamente à disponibilização de professor auxiliar especializado.
A legislação brasileira elegeu como regra a inclusão do aluno com TEA na rede regular de ensino.
A escola deverá desenvolver projeto pedagógico para realizar o atendimento educacional especializado, além de implantar as adaptações razoáveis para atender às características dos estudantes com TEA.
É obrigatória, portanto, a avaliação do aluno e o desenvolvimento de um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), estabelecendo as adaptações do currículo e de metodologia para avaliação daquele indivíduo.
PROFISSIONAL DE APOIO
Muitas vezes o nível de comprometimento cognitivo e o nível reduzido de habilidades sociais do aluno com TEA exigem que ele seja auxiliado por um profissional que o apoie, promovendo sua interação pedagógica e social no ambiente escolar.
Não por outra razão a legislação assegura ao aluno com TEA professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado e integração desse aluno em classe regular.
Quanto às instituições privadas, a legislação proíbe a cobrança de valores adicionais de qualquer natureza relativamente à disponibilização de professor auxiliar especializado.
NEGATIVA DE MATRÍCULA
NEGATIVA DE MATRÍCULA
É vedada a negativa de matrícula em estabelecimento escolar público ou privado com base no diagnóstico de TEA. O gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de aluno com TEA será punido com multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos.
EDUCAÇÃO ESPECIALIZADA
Embora a regra seja a educação escolar oferecida na rede regular de ensino, sempre que, em função das condições específicas do aluno com TEA, não for possível a sua integração nas classes comuns, deverá ser garantido o seu acesso à Educação Especializada.
A lei garante que, em casos comprovados de impossibilidade de adaptação do aluno às classes comuns, o Autista tenha direito a frequentar classes, escolas ou serviços especializados.
É vedada a negativa de matrícula em estabelecimento escolar público ou privado com base no diagnóstico de TEA. O gestor escolar, ou autoridade competente, que recusar a matrícula de aluno com TEA será punido com multa de 3 (três) a 20 (vinte) salários-mínimos.
EDUCAÇÃO ESPECIALIZADA
Embora a regra seja a educação escolar oferecida na rede regular de ensino, sempre que, em função das condições específicas do aluno com TEA, não for possível a sua integração nas classes comuns, deverá ser garantido o seu acesso à Educação Especializada.
A lei garante que, em casos comprovados de impossibilidade de adaptação do aluno às classes comuns, o Autista tenha direito a frequentar classes, escolas ou serviços especializados.
TRANSPORTE ESCOLAR
TRANSPORTE ESCOLAR
O dever de proporcionar acesso à Educação Pública se estende também à obrigação de disponibilizar transporte público do aluno com TEA desde sua residência até o estabelecimento escolar.
O dever de proporcionar acesso à Educação Pública se estende também à obrigação de disponibilizar transporte público do aluno com TEA desde sua residência até o estabelecimento escolar.
ASSISTÊNCIA SOCIAL
ASSISTÊNCIA SOCIAL
A Assistência Social é um direito da pessoa com TEA em situação de vulnerabilidade financeira, e independe de contribuição ao INSS.
Tem como objetivo garantir o atendimento das necessidades básicas do indivíduo.
CURATELA
Nos casos em que o indivíduo com TEA for menor de 18 anos o Benefício Previdenciário poderá ser requerido por seus pais ou responsáveis legais.
Se a pessoa com TEA tiver mais de 18 anos poderá requerer diretamente o benefício. Se, porém, o grau de seu comprometimento cognitivo imposibilitar o exercício desse direito, os pais ou responsáveis deverão obter judicialmente a sua Curatela, quando então passarão a representá-lo legalmente, podendo requerer o benefício de Assistência Social em seu nome.
BPC/LOAS
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) está garantido pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) e consiste no pagamento um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família.
O direito é garantido ao Autista cuja renda da família não ultrapasse meio salário mínimo por pessoa do grupo familiar.
Melhor explicando, no caso de uma família composta por 4 (quatro) pessoas (incluindo a pessoa com TEA) os rendimentos somados de todos os membros da família não podem ultrapassar 2 (dois) salários mínimos.
A Assistência Social é um direito da pessoa com TEA em situação de vulnerabilidade financeira, e independe de contribuição ao INSS.
Tem como objetivo garantir o atendimento das necessidades básicas do indivíduo.
CURATELA
Nos casos em que o indivíduo com TEA for menor de 18 anos o Benefício Previdenciário poderá ser requerido por seus pais ou responsáveis legais.
Se a pessoa com TEA tiver mais de 18 anos poderá requerer diretamente o benefício. Se, porém, o grau de seu comprometimento cognitivo imposibilitar o exercício desse direito, os pais ou responsáveis deverão obter judicialmente a sua Curatela, quando então passarão a representá-lo legalmente, podendo requerer o benefício de Assistência Social em seu nome.
BPC/LOAS
O Benefício de Prestação Continuada (BPC) está garantido pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS) e consiste no pagamento um salário mínimo mensal à pessoa com deficiência que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família.
O direito é garantido ao Autista cuja renda da família não ultrapasse meio salário mínimo por pessoa do grupo familiar.
Melhor explicando, no caso de uma família composta por 4 (quatro) pessoas (incluindo a pessoa com TEA) os rendimentos somados de todos os membros da família não podem ultrapassar 2 (dois) salários mínimos.
DIREITO AO TRANSPORTE
DIREITO AO TRANSPORTE
A pessoa com TEA que comprovar ser financeiramente carente terá direito ao Passe Livre no transporte Interestadual no país. O Estado de São Paulo também garante o transporte intermunicipal gratuito. Grande parte dos municípios também garantem o passe gratuito para deslocamentos dentro da cidade.
TRANSPORTE ESPECIALIZADO
A pessoa com TEA tem, muitas vezes, sensibilidade extrema a sons e aglomeração de pessoas, e não consegue utilizar o serviço de transporte público comum.
Nesse caso o ideal é que seja disponibilizado um transporte especializado, adaptado às suas necessidades.
ISENÇÃO RODÍZIO
O município de São Paulo garante isenção à restrição de circulação imposta pelo “Rodízio Municipal de Veículos”, ao carro conduzido por pessoa com TEA ou que seja utilizado para transportá-la para seus tratamentos.
11
(Decreto nº 58.584/2018, alterado pelo Decreto nº 58.604/2019 e Portaria SMT.DSV.GAB nº 33/2019)
A pessoa com TEA que comprovar ser financeiramente carente terá direito ao Passe Livre no transporte Interestadual no país. O Estado de São Paulo também garante o transporte intermunicipal gratuito. Grande parte dos municípios também garantem o passe gratuito para deslocamentos dentro da cidade.
TRANSPORTE ESPECIALIZADO
A pessoa com TEA tem, muitas vezes, sensibilidade extrema a sons e aglomeração de pessoas, e não consegue utilizar o serviço de transporte público comum.
Nesse caso o ideal é que seja disponibilizado um transporte especializado, adaptado às suas necessidades.
ISENÇÃO RODÍZIO
O município de São Paulo garante isenção à restrição de circulação imposta pelo “Rodízio Municipal de Veículos”, ao carro conduzido por pessoa com TEA ou que seja utilizado para transportá-la para seus tratamentos.
11
(Decreto nº 58.584/2018, alterado pelo Decreto nº 58.604/2019 e Portaria SMT.DSV.GAB nº 33/2019)
TRANSPORTE AEREO
TRANSPORTE AÉREO
Nos casos em que a pessoa com TEA necessite de um acompanhante para realizar uma viagem aérea (nacional ou internacional), a companhia aérea deverá oferecer ao acompanhante, no mínimo, o desconto de 80% da tarifa.
Nos casos em que a pessoa com TEA necessite de um acompanhante para realizar uma viagem aérea (nacional ou internacional), a companhia aérea deverá oferecer ao acompanhante, no mínimo, o desconto de 80% da tarifa.
DIREITO AO LAZER
DIREITO AO LAZER
Entre os direitos garantidos à pessoa com TEA estão o direito a uma a vida digna, a integridade física e moral, o livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer.
DESCONTO EM EVENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS
A fim de promover o lazer da pessoa com TEA a lei concede o benefício da meia-entrada para acesso a eventos artístico-culturais e esportivos, pois o Autista é considerado deficiente para todos os fins legais
DESCONTO EM EVENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS
(Decreto nº 8.537/2015)
Nos casos em que o Autista precisar contar com o apoio de um acompanhante, para frequentar ambientes públicos, o benefício da meia-entrada a ele também se estende
Entre os direitos garantidos à pessoa com TEA estão o direito a uma a vida digna, a integridade física e moral, o livre desenvolvimento da personalidade, a segurança e o lazer.
DESCONTO EM EVENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS
A fim de promover o lazer da pessoa com TEA a lei concede o benefício da meia-entrada para acesso a eventos artístico-culturais e esportivos, pois o Autista é considerado deficiente para todos os fins legais
DESCONTO EM EVENTOS PÚBLICOS E PRIVADOS
(Decreto nº 8.537/2015)
Nos casos em que o Autista precisar contar com o apoio de um acompanhante, para frequentar ambientes públicos, o benefício da meia-entrada a ele também se estende
REDUÇÃO DE JORNADA PARA PAIS E RESPONSÁVEIS
REDUÇÃO DE JORNADA PARA PAIS E RESPONSÁVEIS
A Convenção da ONU para pessoas com Deficiência, à qual o Brasil aderiu, garante que em relação a políticas públicas relativas às pessoas
com TEA o seu interesse receba especial atenção.
Cada ente federativo vem, individualmente, adaptando sua legislação para ajustar a promoção dos interesses das pessoas com TEA, entre eles o direito à redução da jornada de trabalhos de seus pais e responsáveis.
(Decreto nº 6.949/2009)
SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL
Os servidores públicos federais que sejam pais ou responsáveis por pessoa com TEA já têm garantido o direito à redução de sua jornada de trabalho, sem redução dos vencimentos, ou necessidade de compensação de horas.
SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL E MUNICIPAL
Há Estados e Municípios do Brasil que já atualizaram seus Estatutos de Servidores Públicos a fim de compatibilizá-los com o disposto na Convenção da ONU. O Estado e o Município de São Paulo ainda não alteraram sua legislação. Nesses casos apenas o Poder Judiciário poderá garantir o direito à redução da carga horária.
EMPREGADO INICIATIVA PRIVADA
A iniciativa privada não reconhece esse direito.
BENEFÍCIOS FISCAIS
BENEFÍCIOS FISCAIS
O legislador, sensível ao custo elevado dos tratamentos, educação e outros itens indispensáveis à manutenção do Autista, concedeu-lhe alguns benefícios de natureza fiscal. 7.
ISENÇÃO IMPOSTOS CARRO PARTICULAR
A pessoa com TEA tem o direito de adquirir 1 (um) carro zero quilômetro, em seu nome, com isenção de IPI.
No Estado de São Paulo, se o automóvel tiver valor inferior a R$ 70.000,00 a isenção se estenderá para o ICMS e o IPVA.
O carro deverá ficar na propriedade da pessoa com TEA por pelo menos 4 (quatro) anos.
O carro é de propriedade da pessoa com TEA. Se ela for menor de 18 anos, os pais ou responsáveis legais poderão fazer a compra em seu nome. Porém a venda do veículo dependerá de autorização judicial.
Nos casos dos maiores de idade, mas com cognição prejudicada, será necessário obter judicialmente a Curatela (referida no item 3.1. acima), a ser exercida por um dos pais, ou por um responsável nomeado pelo juiz, para que o carro possa ser adquirido e depois vendido em seu nome.
DEDUTIBILIDADE INTEGRAL DE DESPESAS MÉDICAS
Os pais ou responsáveis legais pelo Autista, ainda que maior de 18 anos, poderão indicá-lo como seu dependente na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física – DIRPF, fazendo jus à dedução de parcela fixa estipulada em lei.
Além disso, na DIRPF o declarante poderá deduzir integralmente, desde que não reembolsado por Plano ou Seguro de Saúde Privado, os pagamentos efetuados a médicos, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias, entre outros, próprios do tratamento da pessoa dependente com TEA.
As despesas com mensalidade e matrícula do Autista em Escola Especia- lizada (assim registrada perante a Receita Federal e Delegacia de Ensino) poderão ser integralmente deduzidas a título de despesas médicas.
Não podem ser deduzidos, porém, os gastos com remédios, fraldas, enfermeiros e cuidadores
O legislador, sensível ao custo elevado dos tratamentos, educação e outros itens indispensáveis à manutenção do Autista, concedeu-lhe alguns benefícios de natureza fiscal. 7.
ISENÇÃO IMPOSTOS CARRO PARTICULAR
No Estado de São Paulo, se o automóvel tiver valor inferior a R$ 70.000,00 a isenção se estenderá para o ICMS e o IPVA.
O carro deverá ficar na propriedade da pessoa com TEA por pelo menos 4 (quatro) anos.
O carro é de propriedade da pessoa com TEA. Se ela for menor de 18 anos, os pais ou responsáveis legais poderão fazer a compra em seu nome. Porém a venda do veículo dependerá de autorização judicial.
Nos casos dos maiores de idade, mas com cognição prejudicada, será necessário obter judicialmente a Curatela (referida no item 3.1. acima), a ser exercida por um dos pais, ou por um responsável nomeado pelo juiz, para que o carro possa ser adquirido e depois vendido em seu nome.
DEDUTIBILIDADE INTEGRAL DE DESPESAS MÉDICAS
Os pais ou responsáveis legais pelo Autista, ainda que maior de 18 anos, poderão indicá-lo como seu dependente na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física – DIRPF, fazendo jus à dedução de parcela fixa estipulada em lei.
Além disso, na DIRPF o declarante poderá deduzir integralmente, desde que não reembolsado por Plano ou Seguro de Saúde Privado, os pagamentos efetuados a médicos, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e hospitais, bem como as despesas com exames laboratoriais, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias, entre outros, próprios do tratamento da pessoa dependente com TEA.
As despesas com mensalidade e matrícula do Autista em Escola Especia- lizada (assim registrada perante a Receita Federal e Delegacia de Ensino) poderão ser integralmente deduzidas a título de despesas médicas.
Não podem ser deduzidos, porém, os gastos com remédios, fraldas, enfermeiros e cuidadores
IDENTIFICAÇÃO DO AUTISTA
PREFERÊNCIA NA RESTITUIÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA
Tem prioridade na restituição do Imposto de Renda o contribuinte que tiver informado à Receita Federal ser Autista ou que tenha dependente nessa condição.
8. IDENTIFICAÇÃO DO AUTISTA
Embora não seja obrigatória, há a opção de se emitir a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea), com vistas a garantir atenção integral, pronto atendimento e prioridade no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social.
A referida Carteira também poderá ser utilizada para comprovar o benefício da meia-entrada (item 5.1.). Um laudo médico atualizado, indicando o diagnóstico e acompanhado de documento com foto do Autista, é igualmente válido para esse fim
CRIME DE PRECONCEITO
CRIME DE PRECONCEITO
A discriminação da pessoa com TEA é crime de injúria, punível com pena de reclusão e multa. Para que seja caracterizado o crime o agressor deve estar ciente da condição do agredido.
BULLYING
Além da discriminação, a legislação protege o Autista contra o bullying, que é caracterizado por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por uma ou mais pessoas que tenham conhecimento da condição da pessoa com TEA. Neste caso a pena prevista também é de reclusão e multa, e será aumentada em 1/3 se a vítima se encontrar sob os cuidados do agressor.
Brinquedos, brincadeiras e materiais para bebês de zero a 1 ano e meio
Brinquedos, brincadeiras e materiais para bebês de zero a 1 ano e meio
Quem são os bebês que ficam no berçário? Como eles brincam?
Bebê é a denominação para a primeira fase da vida da criança
e abrange o período de 0 a 18 meses ( 1 ano e meio) de idade. O bebê é um ser
vulnerável que precisa de muito carinho, atenção e acolhimento, mas sabe tomar
decisões, escolhe o que quer, gosta de explorar novas situações, é criativo e
muito curioso.
Durante esse período, os bebês apresentam especificidades
importantes a serem consideradas no planejamento das brincadeiras. Há bebês que
chegam bem novinhos e que permanecem ainda deitados, outros já sentam ou engatinham,
depois começam a andar. Para cada uma dessas fases características da vida dos
bebês é preciso planejar ambientes para sua educação e selecionar brinquedos e
brincadeiras que ampliem suas experiências.
No primeiro ano, os bebês interagem com outros bebês, com as
crianças , maiores e com a professora,
movimentam-se em espaços planejados para atender seus interesses e
necessidades, exploram brinquedos e materiais, utilizam o corpo, a boca, as
mãos e os sentidos, engatinham ou andam a direção de objetos e pessoas de seu
interesse e se envolvem com as coisas que lhe chamam atenção. Gostam, também,
de conversar com a professora, inicialmente com olhares, gestos, sorrisos e
balbucios, depois com a linguagem oral. Sua curiosidade os leva a explorar
buracos, caixas, túneis, ou coisas para entrar dentro, repetir ações como empilhar,
bater, puxar ou empurrar, colocar e tirar objetos, olhar objetos brilhantes,
coloridos e coisas que se movimentam ou produzem sons.
Para atender à diversidade dos movimentos da vida dessas crianças,
optou-se pela divisão deste módulo em sugestões para bebês que ficam deitados,
sentados, que engatinham e que andam.
É importante saber que o interesse de cada criança pelo
brinquedo varia.
Portanto, as sugestões para um bebê que engatinha pode
também servir para outro que ainda não se locomove e fica sentado. Portanto, é
recomendável utilizar sempre uma variedade de sugestões de brinquedos mais
apropriados às características de cada bebê.
BRINQUEDOS E MATERIAIS PARA BEBÊS QUE FICAM DEITADOS
BRINQUEDOS E EXPERIÊNCIAS VISUAIS MOTORAS
Móbiles coloridos, sonoros, que se movimentam e criam
cintilações encantam os bebês, que se envolvem, prestando atenção e
evidenciando prazer pelo movimento dos brações e pernas.
ESTRUTURAS DE EXPLORAÇÃO
Há brinquedos em que o bebê é colocado em baixo de uma
estrutura de estrutura de exploração, conhecida como “ginásio de atividades” ou “ tapete de
Exploração”, em que se penduram objetos coloridos que fazem sons, que se
movimentam e que encantam e envolvem os pequenininhos que ainda permanecem
deitados.
BRINCAR COM AS PESSOAS
O primeiro brinquedo interativo de um bebê na creche é o
contato físico com a professora, com o olhar, o toque e o movimento. Brincar de
fazer carinho e olhar para o bebê, deixa-lo responder com outro olhar,
aninhá-lo no colo e fazer movimentos ritmados ou balançar apara frente e para
trás, suavemente, na rede ou na colcha, com a ajuda de ouro adulto, cria
oportunidade para aquisição de experiências diferentes, além do estabelecimento
de vínculos com as professoras, que favorecem a segurança e a tranquilidade do
bebê.
BRINCADEIRA DE SEGUIR O BRINQUEDO
Com o bebê recostado em cima de suas pernas, pode-se fazer inúmeras
brincadeiras interativas. Quando o bebê seguir o brinquedo com os olhos,
move-se o brinquedo lentamente diante do rosto do bebê para que ele aprenda o
movimento de acompanhar com o olhar.
PRODUZIR SONS
Emitir sons com objetos, do lado esquerdo e direito do bebê,
fazendo pequenos comentários, para observar se ele presta atenção.
MORROS CRIADOS POR ALMOFADAS
O bebê pode ser desafiado a pegar um brinquedo colocando do
outro lado de uma almofada ou estrutura de espuma, com desníveis e buracos,
criada para explorações motoras.
MÚSICA COM BOLA PARA BEBÊS
Usar uma bola grande inflável, colocar o bebê em cima e
movimentá-lo acompanhando o ritmo da música.
PALAVRA CANTADA
Cantar para falar com os bebês. Cantar o nome dos bebês, transformar
a conversa em um musical utilizando melodias diferentes para ampliar suas
experiências musicais.
PEGAR O BEBÊ NO COLO
Colocar o bebê no colo, de costas para que ele enxergue o
mundo atrás da professora, ou de frente, segurando seu bumbum e peito bem
firmes, ou de lado. São posições diferentes para ver o mundo e aprender a
equilibrar a cabeça.
BRINCADEIRAS
BRINCAR NA REDE
Balançar suavemente o bebê na rede, segurada por duas
pessoas, ou numa colcha ou cobertor.
Utilizar redes comerciais ou cobertores de solteiro tamanho
90 x1.80 cm, prevendo duas peças por turma.
BEBÊ NO COLO EM FRENTE DA MESA PARA EXPLORAR
Sentar-se à mesa e segurar o bebê no colo. Ele vai apalpar o
canto e a superfície do tampo da mesa, tentar pegar o brinquedo colocado sobre
ela ou, mais tarde, bater com as mãos no tampo.
PLANO INCLINADO
Brincar com o bebê deitado em um plano inclinado, protegido
por cobertor ou toalha.
PEGAR UM OBJETO
Selecionar vários objetos e ir oferecendo para o bebê que
deve estar de frente, deitado ou sentado. Oferecer objetos, como uma colher de
madeira, na posição horizontal e outra, na vertical, para verificar o interesse
do bebê na exploração desse objeto. A exploração cotidiana auxiliará no ajuste
das mãos para pegar os objetos
MÓBILES
São estruturas simples ou complexas que balançam, em geral
penduradas, ou podem permanecer próximas das crianças para sua exploração. O Móbile acessível ao bebê e ao seu toque deve
prever uma estrutura mais resistente, que não desmonte ou quebre com o toque
das mãos ou pés. Os móbiles que se penduram no teto não tem essa característica.
Os móbiles em geral representam estruturas que englobam
texturas, volumes, cores, formas e
cheiros.
CONSTRUIR ESTRUTURAS DE EXPLORAÇÃO
CONSTRUIR ESTRUTURAS DE EXPLORAÇÃO
Pode-se construir, com ajuda da equipe, dos pais e da
comunidade, pequenas estruturas de madeira ou de PVC, em que se penduram objetos
coloridos que emitem sons quando movidos e que encantam a criança que, deitada
em cima de um tapete ou colchonete, observa ou tenta alcançar com as mãos ou pés
os objetos pendurados. Há brinquedos
industrializados no formato de estruturas ou tapetes de exploração.
EXPERIÊNCIA PELO TOQUE
No berçário, a criança aprende pelo toque, pelo tato, pelo
ofato. Ao pendurar móbiles, observar se eles estão seguros ao toque das mãos e
pés dos bebês ( costumam ser toques fortes sem dimensão / Controle de força e
direção)
ESTÉTICA E VALORES
Valorizar a estética tanto em estruturas simples ou
complexas, pequenas ou grandes, considerando, desde o inicio, a importância das
relações entre a criança, sua família e a creche e o respeito de valores
culturais e sociais, importantes na construção de um ambiente educativo
partilhado.
CONVERSAR COM O BEBÊ
Conversar com o bebê por meio de frases curtas, deixando que
ele responda com um olhar, um sorriso ou balbucio. Cantar o nome do bebê ou
usar a palavra cantada para conversar com o bebê.
PRODUZIR RUIDOS
Fazer pequenos ruídos de um lado e depois do outro para
observar se o bebê vira a cabeça em sua direção.
CHOCALHOS
Chocalhos são brinquedos que produzem sons ao balançar. Em
geral contém no seu interior bolinhas ou outros objetos que se movem e fazem
som. Lembrar que os chocalhos construídos com latinhas, garrafas pet ou em
embalagens de iogurtes não são adequados
para os bebês que colocam tudo na boca, mordem e correm o risco de ingerir as
partes das embalagens.
BRINQUEDOS MUSICAIS
Brinquedos musicais são aqueles que, mesmo não sendo
instrumentos, produzem música ou emitem sons. Pode ser um rádio, um toca-disco,
uma pelúcia musical ou um pássaro com uma cordinha que, puxada, produz o canto.
Há brinquedos em forma de animais, de estruturas com múltiplas funções, com
botões para apertar e que acendem luzinhas produzindo diferente sons, ou tocam músicas
distintas. Observar sempre o confronto acústico e a segurança do material.
Atenção para os brinquedos com pilhas.
BRINQUEDOS E MATERIAIS PARA BEBÊS QUE SENTAM
BRINQUEDOS E MATERIAIS PARA BEBÊS QUE SENTAM
MORDEDORES
Todo bebê leva coisas à boca para explorar, especialmente
quando nascem os dentes. Objetos com materiais de texturas leves, como os
mordedores, oferecem algum conforto.
Há mordedores com diferentes formatos e cores e que servem também
para explorar e brincar. Observar a higienização e o tipo de material, garantindo que não seja tóxico ou solte tinta.
TOMAR BANHO E BRINCAR
Enquanto o bebê toma banho na bacia, oferecer canecas para
ele encher e esvaziar e objetos que possam ser colocados dentro delas, mas que sejam maiores do que seu pulso, para
impedir que, ao colocar na boca, possam ser engolidos. Nos dias quentes, deixar
os bebês se divertirem em bacias com água e objetos , no parque ou solário, em
ambientes externos, protegidos do sol excessivo, para que possam brincar e
apreciar i entorno.
EXPERIMENTAR AÇÕES MAIS COMPLEXAS
EXPERIMENTAR AÇÕES MAIS COMPLEXAS
Pegar dois brinquedos ao mesmo tempo é uma tarefa mais
complexa para os bebês. A partir do sétimo mês, oferecer dois objetos iguais
como blocos, bolas de pingue-pongue ou contas de madeira, para observar se eles
seguram um em cada mão. No inicio, os bebês largam um objeto para pegar outro,
depois percebem que não precisam largar e vão pegar um bloco em cada mão e
bater para fazer ruído. A observação
sistemática e a gradual complexidade de situações a serem oferecidas aos bebês
ampliam suas experiências.
USAR PAPEL E CANUDO PLÁSTICO
O bebê vai amassar o papel vegetal para fazer barulho,
rasgar e, se puser na boca, perceber que fica molhado; se utilizar papel celofane colorido, o
barulho será diferente, e as cores e sua transparência vão encantá-lo. Canudos
de plástico colorido de tomar refresco são outra opção para amassar e observar
sua flexibilidade.
TAPETES SENSORIAIS
Tapetes sensoriais contendo argolas para puxar, objetos que
fazem sons, tecidos com diferentes texturas e cores, aberturas para fechar e
abrir com zíper ou material adesivo são desafiadores para a criança pequena.
Tais recursos podem ser construídos pelas próprias professoras ou com a
colaboração das mães. Oficinas de produção de brinquedos para as crianças
envolvem os pais e eles aprendem a importância de tais recursos para educar
seus filhos.
BRINQUEDOS DE ENCAIXAR
Brinquedos de encaixar que formam torres, carros feitos com
blocos para montar e depois serem derrubados, são oferecidos aos bebês que já
se sentam com firmeza. Típicos brinquedos de desafios e lógica, proporcionam
atividades de grande concentração.
BRINQUEDOS E MATERIAIS PARA POR E TIRAR
Encher um recipiente de plástico com pequenas colheres,
rolhas, bolas de tênis, pregadores de roupa ou outros objetos pequenos e deixar
a criança brincar de tirar e colocar
BRINQUEDOS DE BATER
Bater tampas de
panelas ou brincar com o bate pino deixa o bebê feliz e satisfaz sua
necessidade de compreender o que esses objetos podem fazer, ao tempo que desfrutam do som produzido pelas
batidas.
DEIXAR PRA VER O QUE ACONTECE
Quando o bebê deixar cair alguma coisa durante a refeição,
fazer disso uma brincadeira, falando sobre o que acontece com o objeto: “ Agora
a colher está no chão”, “ Quando você
soltar a colher, ela cai no chão”. Quando ele jogar uma bola no chão para ver o
que acontece, diga “ Olhe a bola está rolando”. Essa brincadeira repetitiva
auxilia a criança a compreender o que se pode fazer com o objeto, além de
auxiliar a compreensão da linguagem.
RABISCAR
Colocar um giz grosso de cera na mão do bebê e deixar que
ele produza seus primeiros rabiscos no chão, sobre um papel grande. As crianças
se divertem com o movimento de rabiscar e se encantam com as marcas que
conseguem deixar no papel.
BRINQUEDOS PARA CHOCALHAR
Há inúmeros modelos de chocalhos para os bebês que sentam e seguram
objetos para chocalhar. Há variações na forma, textura, cores e tamanhos.
Atentar para o nível de ruído do brinquedo que deve ser
suave. Procurar os brinquedos que tem o selo do INMETRO que já contemplam esse
item.
BEBÊS GOSTAM DE BRINCAR JUNTO COM OUTRO
Mesmo pequenos, os bebês já interagem e se aproximam de
outros para se comunicar. Não impedir essa aproximação, más cuidar para que um
não machuque o outro pela falta de coordenação de ações.
BRINCAR COM ÁGUA
Bebês adoram brincar na água, na banheira ou bacia. Enquanto
se dá banho em uma criança, colocar outras em bacias com água e deixar canecas
para que elas possam encher e esvaziar
O CESTO DO TESOURO
O CESTO DO TESOURO
Cesto do tesouro é a coletânea de objetos domésticos, de uso
cotidiano, utilizada com o fim de ampliar as experiências sensoriais. A variedade de texturas e características dos
objetos possibilita a exploração livre do bebê oferecendo, pela sensorialidade,
oportunidades de novos conhecimentos.
IMPORTÂNCIA DO CESTO COM OBJETOS
IMPORTÂNCIA DO CESTO COM OBJETOS
O cesto com objetos é importante para ampliar a experiência do
bebê, que usa sentidos para manipular, explorar e experimentar os objetos e
entender o mundo em que se vive. Quando coloca tudo na boca, está aprendendo as
características do objeto( 5 a 10 meses de idade); quando enche, esvazia e
empilha, tenta descobrir o que fazer com os objetos( 10 a 20 meses de idade).
Quando começa a compreender e usar a linguagem oral para a
imaginação, uma caixa pode se tornar um carro( em torno de 20 meses de idade).
ASPECTOS IMPORTANTES PARA COMPREENDER A RELAÇÃO DA CRIANÇA
COM O OBJETO
Relações afetivas e segurança, equilíbrio entre ansiedade e
curiosidade, risco, esforço e criatividade, saberes da criança e ambiente
apropriado.
RELAÇÕES AFETIVAS E SEGURANÇA
Os indicadores de qualidade na Educação infantil (2009) e as
diretrizes Circulares de Educação infantil (2010) apontam para a importância das relações
afetivas entre as crianças e a professora e do ambiente de segurança para a
educação.
O mais importante na creche é o estabelecimento de vinculo
entre as crianças, as famílias e a equipe que dá o suporte educativo. As
ciências cognitivas mostram que os contatos positivos que os bebês estabelecem
desde pequenos possibilitam o desenvolvimento do cérebro e a aprendizagem,
sendo o amor e a atenção fatores importantes para levar os bebês e as crianças
pequenas a aprenderem. Quando a professora do agrupamento é gentil, amorosa e responde
ás demandas das crianças, cria um ambiente que leva à ampliação de
experiências. Pegar os bebês no colo e dar-lhes afeto é essencial para a construção
de relações afetivas. A falta de amor
gera ansiedade e bloqueia a aprendizagem.
A curiosidade leva à ampliação de experiências
A criança pode ficar ansiosa por querer brincar com um
brinquedo novo que está com outra criança, mas quando compreende que é preciso
esperar sua vez de brincar com o objeto, o contexto lhe dá segurança. Mas a
curiosidade pode também trazer perigo: crianças que não sentem medo de nada
podem criar situações perigosas, inesperadas, caso não haja constante
supervisão da professora. Crianças que evitam situações de ansiedade ficam
passivas e não demostram curiosidade, precisam de muita atenção e carinho
para desenvolver relações afetivas
e vínculos. O brinquedo e a brincadeira
são as melhores formas de criar tais vínculos.
RISCO E SEGURANÇA
Quando a criança está iniciando sua experiência na creche,
fica com medo de assumir o risco e, por isso, e importante a ação da professora
para iniciar uma interação com uma brincadeira que ela já conheça ou com o
brinquedo que ela usa em casa, que não cria ansiedade e lhe dá segurança.
Depois, gradativamente, pode se inserir novas situações para a criança
explorar, tomar iniciativa e expressar sua curiosidade. Quando o bebê quer se
comunicar com o outro, oferecer segurança para que ele realize sua intenção,
mas permanecer atenta e próxima, para evitar riscos de confrontos físicos.
ESFORÇO E CRIATIVIDADE
Quando envolvida na exploração de qualquer objeto ou
brinquedo, a criança se esforça, presta atenção e se empenha no que está fazendo,
mostra sua concentração e perseverança para encaixar ou encher e esvaziar. O
brincar sempre prazeroso, mas pode criar tensão, quando a criança está
empenhada em fazer algo que não consegue, por ser complexo demais,
especialmente se tiver alguma modalidade de deficiência ou dificuldades de
aprendizagem . Se não houver suporte afetivo, poderá ocorrer sensação de
fracasso, o que paralisa a ação. Brinquedos simples, mas atrativos, são as melhores
escolhas para que o envolvimento no brincar seja criativo.
SABERES DAS CRIANÇAS
É fundamental acreditar que as crianças são capazes, sabem o
que querem, selecionam os objetos de seu interesse e têm seus modos de
manipulá-los. No brincar não há certo
nem errado: Experimentar várias vezes, “errar”, tentar de novo, sem a cobrança de resultados “ Corretos”. A
professora que não sabe que os bebês têm saberes não oferecem desafios e, num
circulo vicioso, impede a descoberta de novas situações. É como se, desde cedo,
a professora marcasse os bebês com o rótulo de incompetência, antecipando seus
fracassos.
AMBIENTE APROPRIADO PARA BRINCAR
AMBIENTE APROPRIADO PARA BRINCAR
O brincar é a coisa mais importante para as crianças, a
atividade mais vital,pela qual elas aprendem a dar e receber, a compreender a
natureza complexa do ambiente, a solucionar problemas, a relacionar-se com os
outros, a ser criativa e imaginativa. Para evitar que se diga: “Ah! Ela só está
brincando”! Ou “ Quando parar de brincar, venha fazer algo mais útil”, é
importante criar ambientes estruturados que dão qualidades para o brincar, com
a participação da professora e de outras crianças.
ORGANIZAÇÃO E USO DO CESTO
ORGANIZAÇÃO E USO DO CESTO
- Selecionar os objetos, conversando com as professoras e os pais e fazendo uma pesquisa na comunidade para conhecer os objetos do seu cotidiano.
- Selecionar vários tipos de objetos com características físicas diferentes, como pedaços de madeira, frutas como laranja e maçã, legumes como pepinos, pimentões coloridos, Chaveiros com chaves, rolos para cabelo, buchas, cones de pinha. Escovas de dentes novas, garrafinhas com essência de baunilha e bolas de madeira entre outros.
- Verificar se os objetos são seguros, se não têm pontas, partes pequenas que podem ser engolidas, se não são tóxicos e estão limpos.
- Colocar uma grande quantidade desses objetos em uma cesta de vime, redonda, grande, com fundo plano, firme e sem alças e farpas. Pegar cada objeto nas mãos e imaginar o que pode ser feito com cada um deles.
- Oferecer um cesto para cada 3 bebês explorarem, sendo que para cada um agrupamento de 8 bebês disponibilizar 3 cestos.
- Permanecer ao lado e não interferir, exceto quando solicitado. A intervenção tira a concentração do bebê. É um bom momento para fazer observação e registo.
- Substituir os objetos do cesto ou providenciar vários cestos com itens diferentes, para utilizá-lo de forma rotativa.
- Substituir os itens estragados, lavar ou limpar regularmente os objetos.
- Se houver crianças maiores no mesmo ambiente, separar a área dos bebês com um tapete.
- Dependendo do contexto regional, cada creche pode escolher objetos compatíveis com seus usos e práticas, incluindo as preferências dos grupos etnicorraciais das crianças.
- Selecionar diferentes objetos naturais ou feitos com
materiais naturais como couro, tecido e madeira, utilizados pelas diversas
comunidades etnicorraciais no Brasil.
- Ao oferecer o cesto, guardar outros brinquedos para que as crianças possam se concentrar na exploração dos materiais.
- Objetos feitos com cascas de árvores, sementes de frutos, ossos, dentes e chifres de animais, escamas de peixes, cocares com plumas, colares, bolsas, cintos de couro, madeira ou palha dourada, conchas, objetos musicais, pedras, cipós, tapetes e enfeites de materiais naturais, pratos, canecas, panelas pequenas de barro, cestos pequenos de vime, com padrões típicos de cada região, representam a variedade de objetos do cotidiano de várias comunidades brasileiras.
- Durante o uso do cesto procurar, calmamente, sem tirar a concentração da criança, recolher e recolocar no lugar os objetos que ficarem espalhados.
DESCOBRIR O QUE TEM DENTRO
CADEIRAS, MESAS, CAIXAS DE PAPELÃO COM FUROS
Tais objetos possibilitam a criação de desafios para os
bebês que engatinham.
O bebês pode engatinhar, passando debaixo da cadeira ou da
mesa ou entrando na caixa. A professora pode ir à frente, será mais divertido.
DESCOBRIR O QUE TEM DENTRO
Utilizar caixas de papelão, com tampa (caixa de sapato ou de
lenços ) com um buraco onde caiba a mão do bebê e ir colocando brinquedos
pequenos dentro dela, objetos que fazem
ruído, como sininhos amarrados em tecido que podem ser puxados. Depois,
chacoalhar na frente do bebê para fazer barulho e ver o que ele faz. Provavelmente
ele vai por a mão na caixa para ver o que tem dentro. Se forem colocados três
lenços coloridos ou tiras de panos coloridas amarradas, o bebê vai se divertir,
tirando a “ cobrinha” de dentro da caixa.
ENGATINHAR E NOVAS EXPERIÊNCIAS
Depois que o bebê aprendeu a engatinhar, oferecer novas
experiências: na grama, na areia ou subir e descer num pequeno declive.
BRINQUEDOS ESTRUTURADOS DE ESPUMA
BRINQUEDOS ESTRUTURADOS DE ESPUMA
Nessa fase, estruturas de espuma com superfícies macias mas
sólidas, para subir, descer e entrar em buracos, são ótimas para criar cenários
desafiadores para os bebês. Os pais podem ser convidados para brincadeiras
interativas com seus bebês, aproveitando a oportunidade para conversar com a
professora.
Brinquedos de Espuma formam estruturas integradas de apoio
às atividades de exploração das crianças. São considerados materiais lúdicos e
possuem dimensões que possibilitam estruturar o ambiente e criar situações
diversas, em que predominam as atividades sensório-motoras integradas às
interações entre crianças e adultos. São fáceis de manipular, confeccionados em
material lavável e permitem diversos tipos de montagem, podendo ser utilizados
tanto em espaços internos como externos.
TÚNEL
TÚNEL COM CADEIRA OU MESA
Colocar uma cadeira ou mesa entre a professora e o bebê que
engatinha. Falar com ele do outro lado e mostra-lhe um brinquedo. O Bebê irá
engatinhar por baixo da cadeira ou mesa.
TÚNEL COM CAIXA
Utilizar uma caixa com um buraco para que o bebê passe por
ela como em um túnel
BRINCAR COM ÁGUA
BRINCAR COM ÁGUA
Crianças que engatinham continuam gostando de brincadeiras
com água, com livros de plástico e brinquedos para afundar ou canecas para
pegar água.
OUTRAS BRINCADEIRAS
Lembrar que as brincadeiras das crianças que sentam
continuam interessando aquelas que engatinham : Encaixar, derrubar, tirar e por
por dentro de caixas ou canecas
BATER , FAZER SONS, CANTAR, PINTAR
BATER , FAZER SONS, CANTAR, PINTAR
Outras brincadeiras que encantam essas crianças incluem
brinquedos para bater, para fazer sons , cantar e pintar
LEMBRAR QUE:
Muitos desses materiais podem ser construídos pelos pais
junto com os professores, em oficinas que ensinam os familiares a brincar com seus filhos. A educação partilhada entre a instituição e os
pais é a que oferece melhor qualidade .
Bebês que engatinham continuam gostando de coisas para
encaixar, por e tirar e de explorar objetos.
Quando bebês andam, eles não deixam de brincar de encaixar,
de empilhar, bater, tirar e por objetos, brincar na água, com tintas, com o
corpo, de explorar os brinquedos e materiais, como já faziam antes de andar.
Agora, exploram os mesmos materiais e outros com novas preocupações, por que
adquirem maios autonomia com o andar e podem realizar brincadeiras mais
complexas.
BRINQUEDOS DE EMPILHAR
BRINQUEDOS DE EMPILHAR
Tais brinquedos fazem parte da construção, que implica em
montar, No entanto, o grau de complexidade é o empilhamento sem derrubar.
Costuma-se oferecer “peças” construídas com materiais de
reciclagem como caixas de papelão ou copos de iogurte, alternativos e
brinquedos produzidos pela indústria.
BRINQUEDOS
BRINQUEDOS DE EMPURRAR
São aqueles utilizados para auxiliar no aprendizado e
desenvolvimento motor do andar. Eles devem ser capazes de sustentar o peso da
criança e ter resistência suficiente para auxiliar no equilíbrio dos primeiros
passos. Há carrinhos de madeira resistentes, com suporte para puxar e empurrar.
BRINQUEDOS DE PUXAR
Tais brinquedos oferecem ótimas oportunidades para crianças
que estão iniciando os primeiros passos. O carrinho de madeira serve ao mesmo
tempo para empurrar e puxar.
BRINQUEDOS DE ENCAIXAR
Encaixes e quebra-cabeças com poucas peças são ótimos para
criar desafios para as crianças pequenas experimentarem como encaixar a peça
correta.
BRINQUEDOS DE AFETO
Ursinhos de pelúcia, um pedaço de pano ou de cobertor ou a
boneca preferida são os brinquedos “ de afeto”, objetos importantes para a
tranquilidade e segurança dos pequenos. Devem receber cuidado e atenção da
professora e ser colocados em lugar de fácil acesso, para que a criança consiga
pega-los quando quiser
BOLAS
BOLAS
São ótimos brinquedos para apertar sentir a textura , cor e
formato e deixar cair para ver como rolam. Ao deixar cais, os bebês
experenciam, pela observação, como esses objetos rolam. Testam a gravidade e
verificam, pela repetição, o comportamento sistemático do objeto, por isso a
importância da variedade de formas, materiais e tamanhos, para que os bebês
possam repetir as experiências com materiais diversos. Há bolas com múltiplas funções,
que possibilitam experiências para de tocar para conhecer sua textura, ver a
cor, produzir som ao toque, faces espelhadas que auxiliam o conhecimento de si
com buracos para por as mãos e explorar
BRINCADEIRAS COM MATERIAIS DIVERSOS
BRINCADEIRAS COM MATERIAIS DIVERSOS
Há inúmeros tipos de brincadeiras para crianças pequenas que
começam a andar: brincadeiras com o próprio corpo, com movimentos, explorando a
sensibilidade para a produção de sons, experiências com argilas, tintas e
materiais para vivenciar formas, cores e texturas; para a organização de
cenários e ambientes mais estruturados que possibilitem a exploração, a socialização e a solução
de problemas que envolvem e ampliam as
experiências das crianças.
BRINCADEIRA DE EXPLORAÇÃO
BRINCADEIRA DE EXPLORAÇÃO
Criação de ambientes de exploração, com materiais pendurados
no teto: tiras de jornal, papel laminado ou celofane ou objetos que produzem
sons criam ambientes sonoros para a exploração musical e resultam em
brincadeiras coletivas para a socialização da criança.
BRINCAR DE IMITAR
BRINCAR DE IMITAR
Crianças pequenas gostam de imitar pessoas, especialmente em
situações que lhes chamam atenção. Apreciam pegar a colher e dar de comer ao
seu ursinho, colocar panos na cabeça . Portanto , é indispensável favorecer
tais iniciativas e dispor de área ou cestos com tecidos e roupas.
BRINCADEIRAS COM ÁGUA E TINTA
Brincadeiras com Água e Tinta
Crianças pequenas gostam de brincar com água, fazer
pinturas, brincar de imitar. Portanto é importante criar ambientes para essas
experiências. Brincar com canecas dentro de bacias nos dias quentes, banhos de esguicho
, pintar muros de azulejos, pintar papéis de diferentes tamanhos, com carvão grosso, pinceis e tintas. Eles gostam de deixar suas marcas, de expressar
identidades o que requer a formação especializada das professoras que educam
bebês.
Prever:
Lembrar que as crianças que gatinham gostam de colocar o
dedinho em qualquer buraco, entrar em espaços apertados. Procurar fechar as
tomadas e verificar se não há buracos como aberturas cortantes nos brinquedos e
nos objetos do ambiente para garantir a segurança dos bebês que são muito
curiosos e exploradores:
- A retirada dos brinquedos quebrados ou que forneçam algum risco.
- O uso que a criança faz do brinquedo, oferecendo outras alternativas.
- A oferta de brinquedos e materiais, de acordo com a proposta prevista no projeto pedagógico para o agrupamento infantil.
- A possibilidade de usar o brinquedo com outras crianças e, também de brincar sozinha.
- O armazenamento adequados dos brinquedos e materiais.
- A oferta de variações sobre o uso do brinquedo, de modo a ampliar o repertório da criança.
- A valorização das escolhas das crianças, agregando novos desafios.
- A garantia de materiais e brinquedos em quantidade suficiente para que todas crianças tenham oportunidades iguais na brincadeira.
- Modificações continuas na forma de estruturar o espaço da brincadeira do modo a oferecer novas oportunidades.
ATIVIDADES
Procuraremos, a cada proposta, destacar:
Atividade | Materiais | Como fazer | Por que | Temas |Valores civilizatórios afro-brasileiros * No site: www.acordacultura.org.br você encontra mais detalhes das atividades deste caderno além de muitas outras.
BONECOS PARA VESTIR
BONECOS PARA VESTIR
Atividade: bonecos de papel para vestir.
Materiais:
– uma folha de papel cartão ou cartolina no formato A4
– tesoura – cola
Como fazer: recorte os bonecos e roupinhas. Em seguida, cole os dois bonecos em papel cartão para que fiquem mais resistentes. Corte o papel cartão bem certinho, fazendo o contorno dos bonecos.
Por que: esta atividade pode estimular o senso estético, o sentimento da autoestima e a criatividade.
Temas: beleza; heróis e heroínas; memórias.
Valores civilizatórios afro-brasileiros: circularidade — corporeidade — ludicidade
Atividade: bonecos de papel para vestir.
Materiais:
– uma folha de papel cartão ou cartolina no formato A4
– tesoura – cola
Como fazer: recorte os bonecos e roupinhas. Em seguida, cole os dois bonecos em papel cartão para que fiquem mais resistentes. Corte o papel cartão bem certinho, fazendo o contorno dos bonecos.
Por que: esta atividade pode estimular o senso estético, o sentimento da autoestima e a criatividade.
Temas: beleza; heróis e heroínas; memórias.
Valores civilizatórios afro-brasileiros: circularidade — corporeidade — ludicidade
DESENHO E PINTURA
DESENHO E PINTURA
Atividade: baseada em obras feitas por artistas importantes para a cultura afro-brasileira. Apresentar os aspectos principais de cinco obras diferentes e representativas e mostrar as características de cada uma, como cor, tipo de material, traço, forma etc. Fornecer às crianças materiais diferentes e sucata e sugerir que cada uma escolha uma obra como inspiração.
Materiais: Algumas reproduções de quadros ou obras de artistas que representem a cultura afro-brasileira. Exemplos: Rugendas, Carybé, Mestre Didi, Pierre Verger, Rosana Paulino, Solano Trindade, Emanuel Araújo, Iracy Carise, arte tradicional africana (máscaras, esculturas etc.)
– folhas de cartolina ou papel cartão no formato A4 para distribuir para cada criança
– pincéis de vários tamanhos
– tintas de várias cores
– hidrocor de várias cores
– caixa de lápis de cor
– giz de cera de várias cores
– revistas e jornal para recorte
– sucata, como tampinhas, embalagens, etc.
Como fazer: Apresente as obras às turmas. Conte a história de cada quadro e quando foi feito, fale sobre o artista e a técnica usada. Em cada dia da semana fale sobre uma obra. Peça à turma para comentar e participar. No final da semana, entregue uma folha de papel a cada aluno e peça que escolha uma das obras como inspiração. Cada um deve fazer uma obra inspirado nas cores, técnica ou tema representado no quadro. Quando todas estiverem prontas, organize uma exposição. Escolha uma parede e coloque uma cópia em xerox colorida da obra original no centro. Em volta, disponha os trabalhos inspirados nela. Depois, converse com os alunos sobre o resultado e convide a comunidade para um vernissage.
Por que: conhecer, reproduzir, reconhecer, produzir e criar são algumas possibilidades que esta atividade suscita. Temas: beleza; África; arte.
Valores civilizatórios afro-brasileiros: circularidade — memória — territorialidade
Atividade: baseada em obras feitas por artistas importantes para a cultura afro-brasileira. Apresentar os aspectos principais de cinco obras diferentes e representativas e mostrar as características de cada uma, como cor, tipo de material, traço, forma etc. Fornecer às crianças materiais diferentes e sucata e sugerir que cada uma escolha uma obra como inspiração.
Materiais: Algumas reproduções de quadros ou obras de artistas que representem a cultura afro-brasileira. Exemplos: Rugendas, Carybé, Mestre Didi, Pierre Verger, Rosana Paulino, Solano Trindade, Emanuel Araújo, Iracy Carise, arte tradicional africana (máscaras, esculturas etc.)
– folhas de cartolina ou papel cartão no formato A4 para distribuir para cada criança
– pincéis de vários tamanhos
– tintas de várias cores
– hidrocor de várias cores
– caixa de lápis de cor
– giz de cera de várias cores
– revistas e jornal para recorte
– sucata, como tampinhas, embalagens, etc.
Como fazer: Apresente as obras às turmas. Conte a história de cada quadro e quando foi feito, fale sobre o artista e a técnica usada. Em cada dia da semana fale sobre uma obra. Peça à turma para comentar e participar. No final da semana, entregue uma folha de papel a cada aluno e peça que escolha uma das obras como inspiração. Cada um deve fazer uma obra inspirado nas cores, técnica ou tema representado no quadro. Quando todas estiverem prontas, organize uma exposição. Escolha uma parede e coloque uma cópia em xerox colorida da obra original no centro. Em volta, disponha os trabalhos inspirados nela. Depois, converse com os alunos sobre o resultado e convide a comunidade para um vernissage.
Por que: conhecer, reproduzir, reconhecer, produzir e criar são algumas possibilidades que esta atividade suscita. Temas: beleza; África; arte.
Valores civilizatórios afro-brasileiros: circularidade — memória — territorialidade
MAPAS DECORADOS
MAPAS DO BRASIL E DA ÁFRICA DECORADOS
Atividade: confecção de mapas do Brasil e da África com sucata, grãos etc.
Materiais:
- Sementes, folhas, areia, tinta colorida, tampinhas, recortes, grãos (feijão, macarrão), pincéis, embalagens para recortar.
- 2 folhas de papel kraft grande (66 x 96) com os contornos dos mapas da África e do Brasil desenhados — veja o desenho para fazer a reprodução do contorno.
Como fazer: prepare os dois painéis em papel kraft com o contorno dos mapas. Escolha dois grupos na turma. Cada um deles trabalhará num dos mapas. Coloque os mapas no chão, no centro de cada grupo. Deixe todos os materiais disponíveis para a decoração dos mapas. Peça para os grupos decorarem os mapas com os materiais fornecidos, de forma que fiquem bem coloridos e com textura para mostrar a riqueza das culturas africana e brasileira. Durante a atividade, converse sobre todos os valores que foram “trocados” neste processo de imigração. Tomando como base os mapas do Brasil e da África, fale sobre a vinda dos escravos africanos. Mostrar, nos mapas, as regiões da África de onde eles saíram e as regiões do Brasil onde aportaram. Falar um pouco sobre esta imigração.
Por que: esta atividade favorece, ou pode favorecer, uma imersão inicial nas relações Brasil–África, acionando e construindo memórias (táteis, visuais, afetivas...).
Temas: África; diversidade humana; memórias; valores civilizatórios afro-brasileiros. Valores civilizatórios afro-brasileiros: circularidade — memória — territorialidade
DESFILE DE HERÓIS
DESFILE DE HERÓIS
Atividade: desfile infantil com fantasias inspiradas na série Heróis de Todo Mundo.
Como fazer: apresente a série Heróis e escolha com as crianças alguns dos heróis para serem representados no desfile. Durante uma semana, fale um pouco sobre como representar cada um deles, idealizando sua indumentária, penteado, cores etc. Convide as famílias e pessoas da comunidade para participar da construção do desfile. Aqueles que tiverem habilidade para maquiagem de teatro, tatuagem, costura ou para fazer tranças podem se encarregar dessas tarefas. Ensaie com as crianças as músicas que vão tocar durante o desfile. Selecione algumas delas para tocarem instrumentos durante o desfile de cada personalidade. Faça, com as crianças, bandeiras com o nome do herói/da heroína e amarre-as em um cabo de vassoura pequeno e decorado para ser carregado durante o desfile.
Por que: acreditamos que esta atividade contribui para o fortalecimento da memória afro-brasiliera de forma positiva, bem como para o espírito de pertencimento comunitário.
Tema: África; diversidade humana; beleza; tradições; heróis e heroínas locais; memórias; valores civilizatórios afro-brasileiros.
Valores civilizatórios afro-brasileiros: ancestralidade — musicalidade — memória — corporeidade
QUADRO DE RECORTES
QUADRO DE RECORTES
Atividade: autorretrato feito com recortes de revistas.
Materiais:
– folha de papel cartão ou cartolina no formato A4
– hidrocor colorido
– lápis de cor
– revista para recorte
– fita colorida
– fita crepe
– folhas de papel de embrulho de presente
Como fazer: Entregar a cada criança uma folha de papel e pedir que ela faça um desenho bem bonito e colorido de si própria. Pergunte o que ela quer ser quando crescer e escreva abaixo do desenho o nome dela e a profissão escolhida. Junte todos os desenhos com fita crepe, colando-os por trás. Dependendo do número de alunos, faça 5 filas com 8 desenhos cada. Na parte da frente, entre os desenhos, use fita colorida para separar cada desenho. Corte o papel de presente, dobre-o em dois e cole-o no entorno dos desenhos. Escreva no alto: “O que eu quero ser quando crescer”, e pendure na sala.
Por que: nosso desejo, com esta atividade, é fortalecer a autoestima das crianças, estimulá-las a fazer projetos para o futuro e a sonhar, abrindo novas perspectivas para suas vidas.
Temas: arte; diversidade humana; memória.
Valores civilizatórios afro-brasileiros: energia vital — corporeidade — memória
BANDEIRAS PERSONALIZADAS
BANDEIRAS PERSONALIZADAS
Atividade: confecção de bandeiras decoradas com imagens de cada criança feitas por elas mesmas.
Materiais:
– folha de cartolina ou cartão no formato A4
– papéis de bala
– revistas para recorte
– lápis colorido
– folhas de papel colorido
– novelos de lã de diversas cores
– fitas
– tampinhas
Como fazer: Entregar uma folha de papel A4 para cada criança. Pedir que faça um desenho de si mesma e que o decore com os materiais disponíveis. Depois que as bandeiras estiverem prontas, colar um dos lados em um graveto/palito de churrasco e organizar uma parada com música, na qual todos desfilam e se sentem orgulhosos de ser quem são. Sugestão: Utilize música e assista ao episódio 01 da série Livros Animados — DVD 1 — as animações “Menino Nito” e “Menina Bonita do laço de fita”; ou a história “Ana e Ana” — ep. 07, no DVD 3.
Escrever no quadro-negro da classe:
“Eu sou especial. Tem algumas coisas de que eu gosto. É legal ser como sou”.
Por que: acreditamos que esta atividade possa resultar num trabalho de valorização da autoestima e da autoimagem. Contudo, alguns cuidados devem ser tomados para evitar eventuais com - parações entre as bandeiras e, no caso, entre as crianças.
Temas: arte; diversidade humana; cantiga; símbolos.
Valores civilizatórios afro-brasileiros: corporeidade — energia vital
PERSONAGEM DA SEMANA
PERSONAGEM DA SEMANA
Atividade: confecção de um baú de memórias com objetos trazidos de casa.
Materiais:
– caixa de sapatos
– papéis coloridos, recorte de revistas, sucata e sementes
– uma folha de papel kraft grande
– caneta hidrocor
– bilhete para a família
Como fazer: Junto com a turma, decore a caixa de sapatos. Sorteie um aluno da turma por semana para ser o “escolhido”. Na véspera, envie um bilhete para a família, pedindo que ajude a criança a separar objetos, brinquedos, fotos etc. que possam ajudá-la a contar um pouco a história da sua casa, da sua família e das coisas de que ela gosta. Pedir à criança que traga a caixa de sapatos no dia determinado, cheia de objetos para apresentar para os amigos da turma. Durante a semana, a criança deve contar um pouco sobre cada item, por que o escolheu, o que ele representa e, assim, falar da sua família, de onde ela vem, quem são, do que gostam etc. Para ajudar as crianças mais tímidas, o professor pode fazer perguntas. O professor deve ter o cuidado de respeitar a diversidade de recursos materiais entre os alunos, para não reforçar estereótipos. Use um papel pardo grande para fazer o contorno do corpo da criança. Ela pode se deitar em cima do papel, enquanto os amigos ajudam a traçar a linha por fora. Pendure o desenho na parede e peça a todos da turma que “recontem” o que ouviram sobre o personagem escolhido. Eles devem falar sobre os objetos que viram e sobre as histórias da família que foram contadas. A professora anota tudo dentro do contorno da criança desenhado no papel kraft. Fazer o mesmo com todos os alunos e, no final do ano, falar um pouco sobre cada um dos desenhos e histórias contadas.
Por que: a atividade propicia a participação da família e a valorização da criança. Como atravessa todo o período letivo, deve fazer parte do plano anual da classe. Todo cuidado é pouco no que se refere à sua continuidade.
Temas: diversidade; beleza; memórias.
Valores civilizatórios afro-brasileiros: energia vital — corporeidade — memória
Atividade: confecção de um baú de memórias com objetos trazidos de casa.
Materiais:
– caixa de sapatos
– papéis coloridos, recorte de revistas, sucata e sementes
– uma folha de papel kraft grande
– caneta hidrocor
– bilhete para a família
Como fazer: Junto com a turma, decore a caixa de sapatos. Sorteie um aluno da turma por semana para ser o “escolhido”. Na véspera, envie um bilhete para a família, pedindo que ajude a criança a separar objetos, brinquedos, fotos etc. que possam ajudá-la a contar um pouco a história da sua casa, da sua família e das coisas de que ela gosta. Pedir à criança que traga a caixa de sapatos no dia determinado, cheia de objetos para apresentar para os amigos da turma. Durante a semana, a criança deve contar um pouco sobre cada item, por que o escolheu, o que ele representa e, assim, falar da sua família, de onde ela vem, quem são, do que gostam etc. Para ajudar as crianças mais tímidas, o professor pode fazer perguntas. O professor deve ter o cuidado de respeitar a diversidade de recursos materiais entre os alunos, para não reforçar estereótipos. Use um papel pardo grande para fazer o contorno do corpo da criança. Ela pode se deitar em cima do papel, enquanto os amigos ajudam a traçar a linha por fora. Pendure o desenho na parede e peça a todos da turma que “recontem” o que ouviram sobre o personagem escolhido. Eles devem falar sobre os objetos que viram e sobre as histórias da família que foram contadas. A professora anota tudo dentro do contorno da criança desenhado no papel kraft. Fazer o mesmo com todos os alunos e, no final do ano, falar um pouco sobre cada um dos desenhos e histórias contadas.
Por que: a atividade propicia a participação da família e a valorização da criança. Como atravessa todo o período letivo, deve fazer parte do plano anual da classe. Todo cuidado é pouco no que se refere à sua continuidade.
Temas: diversidade; beleza; memórias.
Valores civilizatórios afro-brasileiros: energia vital — corporeidade — memória
PINTURAS RUPESTRES
PINTURAS RUPESTRES
Atividade: arte africana usando lixa de parede ou papel com areia.
Materiais:
– folhas de lixa de parede
– giz de cera de várias cores
Como fazer: Entregue a cada uma das crianças uma folha de lixa. Peça que desenhem sobre a lixa uma cena, usando giz de cera. O professor pode sugerir que reproduzam momentos do cotidiano, como brincar no recreio, lanchar, fazer uma roda, dormir, representar a família etc. Os desenhos podem ser bem simples. O lápis de cera deve ser pressionado sobre a lixa para dar o efeito de um desenho das cavernas. Depois de terminada a atividade, escolha algumas imagens de pintura rupestre encontradas nos diversos países africanos e no Brasil para mostrar para as crianças. Falar um pouco sobre esta arte que é também uma forma de contar uma história. Obs.: o professor deve fazer sua pesquisa sobre o tema.
Por que: arte, história, representações... Um dos nossos intentos, com esta atividade, é que as crianças se percebam produtoras de imagens e histórias.
Temas: África; símbolos; memórias.
Valores civilizatórios afro-brasileiros: ancestralidade — memória — circularidade
JOGO DA MEMÓRIA
JOGO DA MEMÓRIA
Atividade: jogo da memória personalizado com a turma.
Materiais:
– revistas
– jornais
– canetas, lápis etc.
– livros para tirar xerox
Como fazer:
Recorte quadrados idênticos de 6cm x
6cm, em papel paraná.
Faça, no computador, duas cópias do
abecedário em caixa alta, com mais ou
menos 1cm x 1cm. Se preferir, pode recortar as letras em revistas e jornais. É
necessário ter duas cópias de cada.
Selecione dois quadrados de papel paraná e entregue para cada
criança fazer uma letra. Dependendo do número de crianças da
turma, cada uma fará mais de uma letra. Nos dois quadrados, elas
devem fazer desenhos ou colagens parecidas e colar as mesmas
letras. Atenção: os desenhos devem ficar bem parecidos e só pode
ser usada apenas uma das faces do quadrado.
Cada letra deve representar uma personalidade, uma cultura, um país,
ou símbolo, orixá ou qualquer referência que eles tenham da cultura
afro-brasileira.
Depois que todos os quadrados estiverem prontos, cole papel colorido no verso, todos da mesma cor, e recorte as arestas.
Jogar com a turma. Sempre que se formar um par, falar sobre o
que ele representa.
Recomendação de ilustração: fazer alguns exemplos de quadradinhos, como se fosse um jogo da memória. Ou fazer duas crianças
jogando o jogo da memória.
Por que: por que brincar com um jogo da memória confeccionado
também pelas crianças? Para que as crianças lidem com a temática
das africanidades com a orientação do professor.
Temas: África; diversidade; heróis e heroínas locais; memórias.
Valores civilizatórios afro-brasileiros: ludicidade — memória — circularidade
A HISTÓRIA DO MEU NOME
A HISTÓRIA DO MEU NOME
Atividade: Qual é o seu nome? De onde ele vem? Quem o escolheu? Materiais: folha de papel e caneta para anotar os nomes e as informações que cada criança trouxer.
Como fazer: Usar o nome e sua história para trazer valores interculturais. Muitas vezes, os nomes carregam significados e valores que são desconhecidos pela maioria e, muitas vezes, vêm de outras culturas. O professor pode pedir para cada um falar para um amigo sobre o seu nome, e depois pedir que o parceiro fale sobre o nome do amigo. Outra opção é todos formarem um círculo para conversar sobre o tema. A atividade pode também incluir outros nomes da família, como de avós e tios, sobrenomes e nomes de animais domésticos, etc.
Por que: porque há um dito que diz: “quem não sabe de onde vem, não sabe para onde vai”. Com esta atividade, buscamos fortalecer a história pessoal de cada criança, seu reconhecimento, seus vínculos parentais e afetivos...
Temas: diversidade; símbolos; memórias.
Valores civilizatórios afro-brasileiros: ancestralidade — memória — circularidade — religiosidade — oralidade
Atividade: Qual é o seu nome? De onde ele vem? Quem o escolheu? Materiais: folha de papel e caneta para anotar os nomes e as informações que cada criança trouxer.
Como fazer: Usar o nome e sua história para trazer valores interculturais. Muitas vezes, os nomes carregam significados e valores que são desconhecidos pela maioria e, muitas vezes, vêm de outras culturas. O professor pode pedir para cada um falar para um amigo sobre o seu nome, e depois pedir que o parceiro fale sobre o nome do amigo. Outra opção é todos formarem um círculo para conversar sobre o tema. A atividade pode também incluir outros nomes da família, como de avós e tios, sobrenomes e nomes de animais domésticos, etc.
Por que: porque há um dito que diz: “quem não sabe de onde vem, não sabe para onde vai”. Com esta atividade, buscamos fortalecer a história pessoal de cada criança, seu reconhecimento, seus vínculos parentais e afetivos...
Temas: diversidade; símbolos; memórias.
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